Halloween em família

Como praticante do paganismo romano, devo dizer que não há nenhuma evidência de formalidades para o que seria Halloween. Mas se tratando de uma data onde as vertentes muitas vezes se encontram na Passagem entre mundos, acredito que há muito o que dizer.

Se na religio romana, pelo menos, a ancestralidade é característica principal do culto doméstico, então o tema comum proposto no 31 de Outubro propõe uma reflexão de enorme importância.

O ambiente é tomado pelo respeito e memória daqueles que já se foram, mas também dos que ainda estão aqui. Ancestralidade é o que corre no sangue de cada um de nós - nossas origens, nossos gens!
Mais além, é celebrar o que somos, graças aos que vieram antes de nós. É uma comunhão de todos os sentidos, de toda a geração que nos envolve numa teia chamada família - e família é quem gera, é quem cria, é quem mora no nosso coração!

E com nossas crianças?
Eu vejo que muitos temperam a data com um clima pesado, por pensar demais na palavra morte. Não vejo como algo saudável na hora de aplicar em casa.
A criança tem que se divertir com as brincadeiras de Halloween, como até uma forma de interação. Pode começar a aprender em casa o significado da celebração doméstica, ou mesmo encarar o tema "morte" como algo leve, a ancestralidade como uma questão até de educação, de respeito à família. Eu, pelo menos, vejo até como uma questão de formação da criança no ambiente familiar - elemento essencial, não?

E reitero as atividades em grupo!!
Clichê de novo: atividades em família!!

Que tal rever fotos antigas? Vídeos da infância, de uma época que se foi?
Contar histórias legais, cozinhar, plantar, desenhar. São atividades que os envolve num clima suave.

Obs.: tente não encarar as festinhas de Halloween como uma ofensa à sua cultura, sei lá (sim, tem quem pense assim). É questão social!! Faz bem pra todo mundo se divertir, interagir. Ensine a separar a diversão, a cultura comum, etc, do que se aplica em casa e na vida de cada um.



Rachel F.