Me sinto tão pagã, pagã de fato, sem neos, ao ir a Brasília...
Por qué?
Vejo os meus filhos sendo pagaõzinhos...de dia e de noite.
Mais ainda do que aqui em São Luis.
Vejo meus pequenos pagãos aceitando outras manifestações religiosas, sem repudiá-las, mas respeitando-as, e fazendo-se respeitar.
Os vejo admirando as coisas e lugares de "forma paganística" (inventei o termo), tocando as árvores fascinados com as copas altas, com os macacos nelas pendurados, com os sons que nos cercam sem medo mas fascinação, e sempre buscando Eles em tudo, nos sons, nas cores, vendo o mesmo mundo que os demais enxergam, com outros olhos, e sentindo-o com outra alma. Uma alma pagã.
Me senti pagã, sim pagã.
Mesmo que eu em outra era, diferente fosse, se tivesse nascido em 1.550 antes da era dos cristãos, antes de ser antes e depois...mesmo que jamais possa me deparar com uma pagão in sito daqueles tempos, me senti pagã.
Me senti pagã plenamente, no meio do verde, no meio do concreto.
E me descobri tão feliz com isso, mesmo em situação adversa. Mesmo com o medo que me leva até lá.
Vi o lado A de Brasília...
Há algo lá, onde todos enxergam o frio da pedra, cimento e concreto preponderando, que em mim aguça esse sentir pagão.
Os amanheceres, as tardes, as noites exalam esse sentir.
As paisagens infinitas, os silêncios profundos...
Muitas vezes ainda os verei acontecer.
E espero que continue vivo esse meu sentir pagão em terras brazilienses!
Luciana Onofre
27 de setembro de 2009
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