14 de setembro de 2009
Diversidade, escolha, amor
Semana passada minha filha de 9 anos, perguntou-me o que é ser "gay".
Lhe inquiri onde tinha escutado a palavra, ao que me respondeu ter sido na escola, um coleguinha chamou o outro de "gay", e ela como não havia escutado antes o termo, foi informada por outra amiga que "isso" é homem que anda com homem... Ela ficou na dúvida se todos os homens que conversam, saem, jogam, brincam com outros homens são gays.
Fiquei calada ouvindo e depois lhe falei que essa não é a explicação correta. Que há pessoas, tanto homens quanto mulheres que amam mulheres ou homens, que namoram, casam e são felizes... Que eu e o pai dela, optamos por escolher pessoas de gêneros opostos como parceiros, mas que no mundo todo há milhões de seres humanos felizes amando pessoas iguais a eles, na forma do corpo, na forma da alma, na forma da mente.
Pois o importante é ser feliz amando a quem escolhemos e ser respeitados por nossa escolha.
Ela prestou muita atenção e concluiu com outra pergunta: Eu sou gay mamãe, e o Andrés Felipe? (o irmãozinho de 6 anos).
Ao que respondi, que não há como saber por que essa escolha não acontece agora, mas que se no futuro ela ou ele quiserem, por sentir assim amar pessoas do mesmo sexo, gênero, será normal, importando a apenas eles a própria felicidade.
Pois não é o sexo o que determina as qualidades e defeitos de ninguém, nem garante felicidade certeira.
Completei dizendo-lhe que chamar as pessoas por nomes que desconhecemos é deselegante...
Que primeiro deveriam todos saber os significados, entendê-los para aí sim decidir qual uso fariam deles.
E que já passou o tempo em que ser chamado de gay, bruxa, et all eram insultos.
Luciana Onofre
(educando e aprendendo)
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2 comentários:
Nossa....quantas pessoas gostariam de ter tido uma explicação tão legal nessa época da infância (e outras épocas).
Você cria seus filhos com um amor e uma justiça adimiráveis^^parabéns!
Infelizmente o preconceito já começa tão cedo...se cada vez mais pessoas esclarecessem seus filhos com carinho, acho q metade do sofrimento das relações humanas diminuiria.
Puxa,se eu já era sua fã,depois dessa explicação que vc deu prá tua filha então...
realmente,precisamos ensinar nossos presentes desde cedo o respeito ao próximo e as diferenças..se todos pensassem assim,tudo seria tão diferente!
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