8 de maio de 2008

Dia das Mães: todo dia!



Ontem celebramos o dia das Mães na escola das minhas crias.

Recebi o convite faz uma semana, onde especificavam que seria interessante ir com vestes leves; isto adianto, me trouxe um alívio, pois conclui que seria um dia diferente dos outros dias das mães que já foram celebrados por lá.

Como foram?

Foram ainda que o Estado brasileiro seja laico, permeados de conotações religiosas, onde fomos as mães comparadas à virgem, à santidade, em fim, de forma muito explícita uma reunião festiva com cores cristãs.

Não sou a única mãe pertencente à outra religião, há as evangélicas, uma mãe judaica... Outras umbandistas, e creio que este ano a escola despertou para nós. Nós enxergou como mães que estavam sendo inseridas naquilo sem fazer parte de fato.

Então como foi meu dia-manhã?

Participei junto com eles, de brincadeiras de criança, a dança da cadeira, o jogo de estátua, quem enche e estoura o balão...

De Oficinas.

Apresentações.

Um Lanche Coletivo!

Foi muito bom mesmo, me senti ativa, interativa, e sem aquele tom de "mãe santa" pairando no ar.

Foi citado que aquele momento era raro, por que as mães de hoje não temos tempo para brincar...? Aí Felipe que é muito despachado falou "Mamãe brinca! De cavalinho, ela é o cavalinho, de carrinho, de dedinho, de comidinha..." Ao que a Diretora acrescentou "ah, que bom, mas é no fim de semana não é?".

Não, não é.

Eu não me arrependo nunca de ter escolhido trabalhar de noite, para poder ter a oportunidade de estar em casa, com eles acordados, de fazer dever da escola com eles, de brincar, de tirar soneca... Se pesa no orçamento familiar? Claro que ganho menos do que poderia estar ganhando, mas o que eu estaria perdendo? A vida deles. O evoluir, o acontecer e aparecer!

E não seria o cavalinho deles!


Então brinquemos! Muito!


Beijos,


Luciana Onofre

4 comentários:

Quimera disse...

E não há salário que pague o preço de ver o crescimento de um filho, né?!
Beijosss

Flávia Kytanna disse...

Eu espero fazer o mesmo quando for minha vez Lu, ter tempo pra brincar e curtir muito os filhotes.

([säm]) disse...

Mãe dedicada é outra coisa^^
Sinto um pouco de pena de minha mãe ter tido que trabalhar e cuidar de mim e meu irmão sozinha....as vezes ela tinha que ficar trabalhando e não podia ficar conosco...então eu tinha que cuidar do meu irmãozinho.

Mães realmente são guerreiras, não há dúvida...elas sempre se sacrificam.

Ana Marques disse...

Acho lindo.
Mesmo.
Mas inviável para muitas. Para mim, inclusive.

Então... brincar, brincar, brincar... sempre que tiver tempo, sempre que puder. As vezes, é brincadeira colocar para dormir, acordar a criança, aparecer de surpresa debaixo do cobertor. :)

Existem tantas formas... Importante é não permitir que o dia-a-dia sufoque o sentimento de mãe, a alegria de compartilhar, o ser cavalinho sempre que puder.

Beijocas!
Que inspiração, mulher!