27 de fevereiro de 2011
A Descoberta da Diferença
4 de fevereiro de 2011
idéia para iniciar os pequenos bruxinhos de cozinha
8 de novembro de 2010
Tarot & Crianças
O texto conta com sugestões de decks para envolver as crianças com o oráculo, baralhos lindoooos!
Para ler clique AQUI! (:
6 de setembro de 2010
Lidando com a Morte na infância
Há algumas semanas, perdi minha gatinha, minha linda e doce gatinha. Ela foi envenenada... Pode parecer idiota, mas tem sido difícil lidar com a morte dela, mesmo que eu saiba que “ela continua do lado de lá”, dói bastante, não pude aproveitar a presença dela o quanto eu queria, não pude cuidar dela tanto quando eu queria... Nossa convivência foi muito breve, mas foi suficiente para eu amá-la imensamente.
E é muito difícil não só por isso, mas porque ela demonstrava o mesmo carinho e amor por mim... Talvez até mais. Ela entendia o que eu falava com ela mentalmente, ela fazia gracinhas pra me deixar feliz quando percebia que eu estava triste, entre outras coisas... A morte dela foi mesmo um golpe. Eu não a considerava apenas uma gatinha bonita e peludinha... A alma dela ficava evidente em cada gesto... Ela gostava de abraçar. Enfim...
Isso me fez pensar em quando meus animais morreram durante minha infância e em como eu (não) lidava com isso. Coisas como pedir a deus que me levasse no lugar do bichinho, pois ele merecia mais viver do que eu. Posso não fazer mais tal pedido, mas até mantenho esse pensamento... Em geral, os animaizinhos são tão bons e bonitos, não fazem as coisas por maldade (generalizando), não deveriam sofrer... E crianças também não, mesmo sendo adultos em espírito, mas enfim...
Os duros golpes na infância, perder os animais em que eu me apegava, me fizeram ficar afastada dos bichos... Eu, como criança, preferi ficar sem me apegar a eles para evitar o sofrimento da perda. Com a gatinha, foi algo imediato e que eu não consegui evitar...
Há umas semanas, pouco antes dela partir, assisti o filme A Cidade dos Anjos e isso me influenciou, claro, junto com a minha vivência dos últimos anos, entre minha infância e o agora. Influenciou no preferir a curta convivência com a dor da perda do que a não convivência sem o carinho, o toque e a vivência. Isso fez mudar um pouco minha maneira de lidar com a morte...
Mas o que quero expor afinal de tudo isso é que me senti de novo aquela criança de anos atrás tentando entender porque um animalzinho tão lindo, tão bom e inocente tinha ido embora e me largado aqui. Vi-me criança, chorando, parada a minha frente e perguntando pra mim, hoje, adulta: “Por que isso? Ela era tão linda e boa, tão carinhosa... Por quê?” e respondi a ela “Porque ela era uma gatinha tão carinhosa e boa que os deuses a queriam ao seu lado, queriam também ter todo esse carinho”. Então a criança foi parando de chorar aos poucos e me abraçou. Então eu parei de chorar aos poucos e me senti abraçada.
E parei e pensei em como esse simples pensamento fez bem, mesmo que talvez fosse e seja ainda infantil. Isso me acalma um pouco e não faz parecer algo absurdamente injusto. E parei e pensei que vou usar isso com meus filhos... Acho uma boa forma de acalmar o coraçãozinho da criança que se sente injustiçada com a tal perda.
Pode ser um pensamento infantil. Mas infância é tudo que queremos... E é bonito.
Beijos,
Sophia.
28 de agosto de 2010
Livros! Ou Ensinando Paganismo às crianças
Pretendo ter filhos (ao menos por enquanto), e vira e mexe eu penso em como eu começaria a ensinar as coisas de paganismo, bruxaria etc. Nisso, pensei em coisas da minha infância e também em livros que podem ser lidos.
E é engraçado, pois não havia me dado conta como a coisa de aprender bruxaria, de certa forma, começou cedo. Aos 5 anos, na pré-escola, a professora pediu um trabalho sobre ervas e foi assim que comecei a descobrir que as plantas tinham propriedades curativas (e mágickas) mas principalmente: descobri que minha mãe conhecia um pouco desse mundo e que minha vó conhecia bastante. Assim começou minha aprendizagem, assim comecei a aprender os poderes das ervas e embora não tivesse o nome de bruxaria na época, eu já desconfiava *risos.
Então acho que um bom caminho é por aí, começar a passar essas coisas simples como as ervas, as superstições, amuletos, costumes de família... Falar sobre comidas, “coisas mágickas” que aconteceram conosco ou com nossos familiares etc.
Livros também são importantes. Eu e meu amor já guardamos alguns títulos para nossos filhos, para lermos na hora de dormir etc. Não só para aprendizagem pagã (ele nem pagão é!), mas por entretenimento e aprendizagem de uma forma geral. Em nossa pequena coleção já consta o Sítio de Monteiro Lobato, Alice no País das Maravilhas e Strega Nona.
Particularmente acredito que o Sítio e Strega Nona contribuam mais quanto a aprendizagem, já o livro da Alice, penso que seja mais quanto a trabalhar a imaginação da criança.
Acho interessante, principalmente “A Reforma na Natureza”, que mostram o quanto a natureza é sábia, que as coisas têm um motivo pra ser e toda essa compreensão...
Strega Nona conheci através da Pietra Di Chiaro Luna, primeiro pelo Tribos de Gaia, depois pelo podcast Bruxaria Italiana Para Ouvir. Uma historinha linda sobre conseqüências de nossas ações – do dia-a-dia e também as mágickas. A personagem ainda mostra toda a coisa da família, do passar conhecimento e é a representação de nossas sábias vovós – que nos ensinam sobre ervas.
Você pode encontrar o livro da Alice no site da Lojas Americanas, por 10/15R$ e o da Strega Nona na Livraria Cultura por R$30, mas se você garimpar (no Estante Virtual, por exemplo) pode conseguir por uns 10R$.
Espero que tenham gostado.
Beijinhos!
Sophia.