3 de outubro de 2009

Sobre Empatia




Resumidamente, sentir o que outro sente. Mesmo que não se queira, mesmo que não conheça o indivíduo. Algo, às vezes, de difícil entendimento, não só para quem percebe o que ocorre ou desconhece isso, mas principalmente para quem passa por isso.

Vivemos em um mundo em que a grande maioria das pessoas não sabe lidar com o que sente, por isso a doença do momento é depressão, por isso cada vez mais jovens adolescentes e até mesmo crianças são assoladas pelo stress. Se assim é, quiçá seria se sentíssemos as emoções dos outros. Daí, você tira uma idéia do que é para alguém que passa por isso.

Penso que a empatia vai além de padrões vibracionais e sensibilidade energética, penso que é algo mais profundo... Algo mais ligado ao universo todo e não simplesmente energia, inclinando ao panteísmo, pense em nós como sendo todos pedaços do universo, o que é um tanto inegável, não acha? Assim, temos algo de semelhante com cada pessoa, que vai além de personalidades, sangue, criação ou qualquer coisa. Somos próximos uns dos outros, nada mais normal do que sentir um ao outro, não? Assim como você sente com sua mãe dor ou com seu irmão, ou com seu marido... E aí entra a sensibilidade.

As pessoas estão cegadas pelo egoísmo. Não conseguem enxergar nada além dessas convicções ditadas pela sociedade: você se importa com sua família porque ela é sua família, você é amigo daquela pessoa porque ela tem convicções e gostos semelhantes aos seus. O mundo é isso.

Agora, voltando aos empatas, perceber que isso acontece não é fácil. Mas compreender, entender e aceitar, não só a você como ao outro também é mais difícil ainda, é algo que todos deveriam fazer, com ou sem empatia.

O processo de perceber o que acontece leva tempo. A parte mais rápida é o “opa, mas eu não tenho motivo para estar assim, isso não é meu!” e a mais difícil é “é de fulano” e a mais difícil ainda é “o que eu faço com isso?”. Se a pessoa estiver por perto e você conhecê-la, será mais fácil identificá-la. Mas muitas vezes você tem uma ligação tão forte com alguém que a sente mesmo longe (um amigo, por exemplo) e em outras, mais raras, a ligação é igualmente forte e você a sente também com intensidade, porém não a conhece ainda – não nessa vida, não por enquanto. Por esses e tantos outros motivos isso tudo não é fácil.

Empatia ocorre também, muito frequentemente, em crianças. Como reagem a isso? Muito bem... Só que muitas vezes não entendem de maneira lógica, como tantas outras coisas. Falam de algo, mas não percebem do quê, como de vidas passadas, dos amigos não-imaginários e coisas do tipo “mamãe, ‘fulano’ se sente triste”. Lembrando que sempre se há exceções.

Enfim, a empatia é algo natural do ser humano, presente em todas as idades e mundos, que pode ou não ser enfatizada em um período ou desenvolvida com o tempo mas que principalmente deve ser educada e treinada. Educada para fazer-se perceptível e saber quando ocorre. Treinada para saber o que ocorre, como lidar e o que fazer com isso.

1 comentários:

Luciana Onofre disse...

amei cada linha, cada letra, pq sim, qdo somos pequenos não conseguimos captar a dimensão do que nós ocorre, de como aquilo vai mais além do que amigos imaginários!
parabéns!