24 de setembro de 2009

Infância e Mediunidade (ou Dons)

Chegando ao Crianças com meu primeiro texto (=


Quase sempre, a mediunidade manifesta-se de maneira espontânea na infância e como tudo na criança é sutil é difícil perceber, principalmente quando os pais não têm conhecimento em relação a isso.
Mesmo quando “os dons” são “passados” dos pais aos filhos, a percepção não é imediata, leva tempo, compreensão até concluir o que ocorre e chegar à pergunta “E agora, José?”

Um dos maiores “sintomas” de mediunidade são os ditos “amiguinhos imaginários”, não que sempre que uma criança o tenha seja mediunidade, mas boa parte dos casos é.
Eu não tive um amigo imaginário, tentei criar um (vi essa história na televisão e me interessei), mas não consegui. Porém, eu conversava com alguns amigos que não eram imaginários e eu sabia disso, então porque eu os chamaria de imaginário, entende?

Eu conversava por pensamento, sempre por pensamento, então meus pais nunca perceberam e no comportamento eu era sutil, até demais.
Mas isso não quer dizer que eu compreendia perfeitamente o que acontecia. Eu conversava com alguém, mas não quer dizer que eu soubesse exatamente quem era esse alguém (ou que me importasse com isso).

Lembro-me também de ficar quietinha no canto, concentrada em bolas coloridas enquanto alguém me orientava (esferas de energia), dos sonhos com explicações sobre pensamentos, das massagens que curavam dores dos meus pais e... Das outras crianças virarem a cara para mim na escola.
Uma explicação que tive quanto a isso é que as outras crianças percebiam como eu era “estranha”... Eu também me afastava do pátio em determinados momentos para meditar... E até hoje é assim. E é um tanto normal...

Estou contando como foi comigo para que você leitor(a), perceba como o processo de cada criança é diferente: vai desde o extremamente sutil ao altamente perceptível e isso depende também de como é a criança, a forma como ela age e etc.
Meus pais não são de educação pagã nem espírita, umbanda ou alguma religião (relativamente) mais fácil de lidar com esse tipo de coisa: são católicos, daqueles que mal se pode acender uma vela. E hoje, após todos esses anos eu percebo o porquê tudo era tão sutil comigo... Não poderia ser de outra forma.

Além do que descrevi, tem outras questões como gnomos, fadas, (que acredito ser o mais fácil) e os chamados “espíritos desencarnados” ou como eu estou preferindo chamar: "mortos não tão mortos assim".
Tem pra todo lado, óbvio. Principalmente cemitérios e hospitais, não é? É normal topar com um aqui e outro acolá... No meu caso, lá pelos quatro anos... Eu via, ouvia, sentia e etc. um número absurdo: todos que estão por aí. Ou seja, como pessoas “vivas” (às vezes não tão vivas assim) caminhando, normalmente... Alguns reparavam, outros seguiam... Eu ficava muito assustada, mas nunca disse nada para não ficar mais assustada ainda e a definição de “louco” já havia sido formada no meu psicológico.

Outra questão que podemos colocar “no mesmo pacote”, seria o lembrar de vidas passadas. Amor a algo que a criança ainda desconhece e que não tem explicação (no meu caso, balé), falar de outra família, outros lugares, forma de agir e etc. são sintomas. A empatia, que está ficando em alta, também é algo complicado...
Crianças sentem tudo mais fácil e quase sempre vão além do fácil. Ser uma antena parabólica ou um pararraios é difícil... Mas acontece e isso inclui crianças. Mostrar equilíbrio, aceitação, COMPREENSÃO e abrir o diálogo é o mais importante. Se você também tem o dom em questão, tente passar o como você lida com isso... Ajudará a criança a entender melhor o que acontece e a encontrar a MANEIRA DELA de lidar com tudo que acontece. E tente descobrir se há problemas na escola, se informe, fique de olho, ajude se puder... Mas NÃO tome as dores dela! Mais uma vez: é ajudar que ela encontre a MANEIRA DELA.
Enfim, é questão de tempo, compreensão, convivência e amor.

3 comentários:

Luciana Onofre disse...

Não poderia ser mais claro e exato!
É assim que vivenciamos, nós, os que já fomos crianças e "vemos" outros!
E como bem sabes ocorre hoje, aqui com Alícia!

Anônimo disse...

olá,que bom que encontret esse blog,não sou criança mas me ira ajudar muito...
vou listá-lo no meu blog,pode?

Empregos Já disse...

Olá, gostei do post. Me identifiquei com cada palavra sua. No neopaganismo pouco se fala sobre mediunidade. Médium tem a missão de ajudar as pessoas dentro do paganismo? Não sei sou médium vidente e já não sei bem o que fazer, sou pagã, acredito nós Deuses e Deusas, na Natureza e agora? Aonde posso aprender mais sobre a mediunidade sem ser exatamente "espiritismo".